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Autismo – Conhecendo um pouco mais sobre o Autismo

Você sabia que no Brasil, a incidência dos casos de autismo ultrapassa a soma dos casos de Aids, câncer e diabetes juntos? No Brasil, estima-se que tenhamos 2 milhões de Autistas, e o que é preocupante, mais da metade deles sem diagnóstico. (Fonte: www.revistaautismo.com.br)

Muitos pais podem observar comportamentos diferentes em seus filhos e não saber do que se trata. Existem também pais que receberam o diagnóstico de seus filhos, porém sem informações suficientes.

Vamos conhecer um pouco mais sobre o Autismo? O nome Autismo vem da palavra Autos, que significa “próprio”, “ensimesmado”. Embora o isolamento seja uma característica muito comum no autismo (a criança prefere brincar e realizar atividades sozinha, e não com outras crianças ou a família), esta não é uma regra, pois hoje sabemos que existem crianças autistas que não se isolam. Em alguns casos, não existe atraso no desenvolvimento cognitivo ou linguagem do indivíduo. Esta seria uma forma mais branda de Autismo, conhecida como Síndrome de Asperger, que é o diagnóstico do jogador Messi, mundialmente conhecido por ser eleito quatro vezes consecutivas o melhor jogador de futebol do mundo. O autismo não impede ninguém de brilhar!

Você também vai encontrar a nomenclatura TEA- Transtorno do Espectro Autista, que é o nome atualmente utilizado no DSM V- Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais. Este manual divide o transtorno Autista em alto, médio e baixo funcionamento e exclui o termo Síndrome de Asperger.

Vamos falar sobre algumas características gerais do Autismo: a criança autista normalmente fala em terceira pessoa quando refere a si e aos outros. Por exemplo: Ao invés de falar “Eu “ estou com fome, fala “João” (nome da criança) está com fome. Entre outros aspectos, podemos mencionar hiperatividade física- constantemente correndo ou andando pela casa, em círculos ou em volta de si, hipersensibilidade dos sentidos- som alto, luzes ou cheiros podem incomodar, resistência a mudanças e padrão de repetição de comportamentos (rituais), repetição de palavras e frases, episódios de agressividade, riso ou choro inapropriado, apego ou fixação a objetos e repetição estereotipada de movimentos.

A quem recorrer? Muitos pais ao notar a diferença de comportamento nos filhos procuram imediatamente um pediatra, porém é importante ressaltar que o profissional ideal para realizar este diagnóstico é o Psiquiatra. Isso pode causar certa estranheza nos pais, afinal, grande parte das características do Autismo aparecem antes dos três anos de idade, quando a criança ainda é muito nova. Mas sempre que falamos em saúde mental, devemos lembrar que o Psiquiatra é o profissional adequado para realizar diagnóstico. Vale lembrar que sendo Pediatra, Neuro ou Psiquiatra, é fundamental que o profissional tenha “conhecimento de causa”, ou seja experiência com Autismo, para que o diagnóstico seja realizado da maneira correta. É fundamental também que este profissional saiba informar a família sobre o transtorno e realizar os encaminhamentos corretos, pois é essencial que a criança participe o quanto antes das Terapias que forem necessárias, sendo Fonoaudiólogo, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional ou Fisioterapeuta, isto vai influenciar muito seu desenvolvimento.

O diagnóstico do Autismo é feito por exclusão, ou seja, o médico irá realizar alguns testes e eliminar outras hipóteses diagnósticas até chegar no autismo. Eliminando-se estas hipóteses, o diagnóstico feito é um diagnóstico comportamental (baseado nos comportamentos da criança).

O diagnóstico é um norte para as famílias. Não deve ser tratado como rótulo. Após o diagnóstico pretende-se que todos os profissionais envolvidos no tratamento trabalhem dentro das necessidades específicas e individuais de cada criança e não dentro do rótulo.

Sempre lembramos aos pais a importância de não “entrar no Espectro” no sentido de paralisar suas vidas, mas sim trazer o filho para a realidade da família, inserindo-o em todas as atividades normais. Educação exige regras e crianças autistas precisam de regras tanto quanto crianças que não tem comprometimento no desenvolvimento.

Se você ainda tem dúvidas, consulte um profissional, ou telefone para nosso consultório e terei prazer em ajudar!

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